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Rinite alérgica

  • Foto do escritor: João Núncio Crispim
    João Núncio Crispim
  • 1 de mai. de 2019
  • 2 min de leitura

A rinite, inflamação da mucosa nasal, pode ter várias causas. Para além das rinites agudas virais, o mais frequente tipo de rinite é a alérgica – por vezes conhecida por “febre dos fenos”.

Os sintomas desta doença são habitualmente fáceis de identificar: corrimento nasal transparente frequente, obstrução nasal, comichão no nariz e espirros frequentes. Os espirros são por vezes mais frequentes ao acordar, e surgem habitualmente em salvas – quem tem rinite alérgica raras vezes espirra só uma ou duas vezes mas sim em “ataques” de espirros.

Para desenvolver os sintomas de rinite alérgica é necessária sensibilização alérgica, habitualmente a alergenos transportados pelo ar – pólens, ácaros, pelo de animais, fungos, entre outros. É do contacto da mucosa nasal com estes alergenos que surgem as queixas referidas. Quando a exposição a estes alergenos acontece ao longo de todo o ano os sintomas são perenes (duram todo o ano), e quando dependem de fenómenos cíclicos, como a polinização, são sazonais.

Os sintomas são muitas vezes partilhados com a conjuntiva ocular, surgindo olho vermelho, lacrimejo e comichão nos olhos, com os seios perinasais, podendo surgir sinusite, e com a faringe, desencadeando comichão na garganta.

Apesar de não ser uma doença grave, a rinite alérgica afecta a qualidade de vida – os sintomas são incomodativos e podem comprometer a relação pessoal e a actividade profissional. Pode, ainda assim, ter consequências mais graves. Por exemplo, não é infrequente que a rinite alérgica seja um factor importante no desenvolvimento de roncopatia (ressonar) e sindroma de apneia obstrutiva do sono. Da mesma forma, quando coexiste com asma, a rinite alérgica mal controlada é um factor importante de agravamento da mesma.

Tratamento da rinite alérgica

Um factor essencial no controlo da rinite alérgica é a evicção alergénica. Quando se conhecem os potenciais desencadeantes é possível reduzir a exposição aos mesmos, mesmo quando não se consegue elimina-lo. Nesse aspecto, a realização de testes cutâneos por picada pode ajudar a identificar as medidas a tomar.

A terapêutica farmacológica baseia-se em primeira linha na utilização de corticóides por via nasal. Outros fármacos podem ser úteis, como os antihistamínicos. Consoante a exposição aos alergenos e a sazonalidade ou persistência dos sintomas ao longo do tempo, estes medicamentos podem ser usados de forma mais ou menos intermitente.

Sabia que…

10 a 30% das crianças em países industrializados sofrem de rinite alérgica?

 
 
 

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