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Convulsões febris – um receio legítimo?

  • Foto do escritor: João Núncio Crispim
    João Núncio Crispim
  • 1 de mai. de 2019
  • 1 min de leitura

As convulsões febris são eventos assustadores, temidos por muitos pais. Predominam entre os 6 meses e os 5 anos, em crianças com predisposição para convulsivar com a febre, predisposição muitas vezes herdada de familiares. São mais frequentes na subida térmica do primeiro pico febril de um episódio de doença, e portanto muitas vezes acontecem antes sequer dos pais se aperceberem da febre. A probabilidade da convulsão se repetir noutro episódio febril está entre 30 e 50%.

Apesar de obviamente preocuparem os pais, e de justificarem uma observação numa urgência pediátrica, as convulsões febris não são perigosas, na medida em que não se associam a quaisquer consequências nefastas a curto ou a longo prazo.

Desta maneira, o receio das convulsões febris não justifica uma atitude mais agressiva no controlo da febre, nem mesmo nas crianças com história prévia de convulsão febril. Se por um lado dificilmente conseguiremos evitá-la, pelo seu surgimento habitualmente inesperado, por outro lado os riscos de efeitos adversos de doses excessivas de medicamentos antipiréticos são evidentemente superiores aos de uma convulsão febril.

NÚMEROS

2 a 5% das crianças entre os 6 meses e os 5 anos tiveram pelo menos uma convulsão febril.

 
 
 

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